A afirmação segundo a
qual a literatura se esgotou ou se resolve, hoje, nessa trama de
reconhecimentos recíprocos do facebook, me parece uma generalização indevida;
trata-se de afirmação recorrente (o genérico da aposta em um quadro de falência
de algo) que agora dá as caras mais uma vez e, como de hábito, costumizada aqui
e ali. Felizmente, a literatura é coisa muito mais complexa. Sou da opinião,
inclusive, de que ela não se confunde nem com o mercado editorial, nem com as
redes sociais. Podemos estabelecer relações entre essas realidades, podemos até
mesmo sucumbir circunstancialmente diante de certo estado de coisas, mas tanto
o mercado, como o facebook, são segundos em relação à literatura. Isto é, devem
ou deveriam ser coadjuvantes no processo. Na década de 1950 os poetas concretos
(ou ao menos três deles) deram por encerrado “o ciclo histórico do verso”.
Recentemente alguém decretou o fim da história. Alguns artistas e/ou fast thinkers têm essa mania de tentar
projetar seus próprios dilemas (ou aquilo que diz respeito apenas à sua
perplexidade mais íntima) no quadro espiritual do tempo em que vivem. Fecha a
conta e passemos à próxima questão.
Ivy G. Wilson Ayo A. Coly Introduction Callaloo Volume 30, Number 2, Spring 2007 Special Issue: Callaloo and the Cultures and Letters of the Black Diaspora.To employ the term diaspora in black cultural studies now is equal parts imperative and elusive. In the wake of recent forceful critiques of nationalism, the diaspora has increasingly come to be understood as a concept—indeed, almost a discourse formation unto itself—that allows for, if not mandates, modes of analysis that are comparative, transnational, global in their perspective. And Callaloo, as a journal of African Diaspora arts and letters, might justly be understood to have a particular relationship to this mandate. For this special issue, we have tried to assemble pieces where the phrase diaspora can find little refuge as a self-reflexive term—a maneuver that seeks to destabilize the facile prefigurations of the word in our current critical vocabulary, where its invocation has too often become idiomatic. More critically, we
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