Skip to main content

Traducido al español/castellano

Poema de número 7 de "No assoalho duro". Traducido al español/castellano por Adriandos Delima.










mar marrom na beira onde
as presas da espuma fria

o velho sapo senil encasulado em linho
ou todo de branco
escoltado por um par de nixes
sararás
até a entrada do maximbombo

uma delas esconde
um sestroso sorriso
risinho sob a gola da camiseta azul
os olhos um passo a frente
dizem o que não os lábios

a outra torce o beiço
contrariada por estar às ordens
de um velho excêntrico e tão limpo e infenso
à nódoas de lama sórdida
num dia chuvoso
como esse



↓↓↓ trans↓↓↓

























mar marrón a la vera adonde
las presas de espuma fría

el viejo sapo senil encapullado de lino
o todo en blanco
escoltado por un par de nixes
catiras
hasta la entrada del machimbombo¹

una de ellas esconde
una pilla sonrisa
risita so el cuello de la camiseta azul
los ojos un paso al frente
dicen lo que no sus lábios

la otra se tuerce el bezo
contrariada de estar a las órdenes
de un viejo excéntrico y tan limpio y adverso
a manchas de lama sórdida
en un día de lluvia
como ese


Traducción al castellano Adriandos Delima





Nota sobre la traducción:


1 "Maximbombo", también escrito "machimbombo", similar al brasileño "maxabomba" era una especie de tranvía usado en Portugal a finales del siglo XIX y comienzo del XX, y estas palabras se utiliza para referirse en la actualidad a los automóviles, autobuses y los vehículos viejos, por lo general en Portugal. También a los coches-cama, además de haber algunos otros significados para "machambomba", los quales son relacionados con vehículos de transporte para carga. La palabra "machimbombo" pasó a significar, en Angola y Mozambique, simplemente, autobús o cualquier otro medio de transporte colectivo. El contexto del poema nos hubiera suponer que el autor se refiere a un autobús o un taxi, que puede estar en mal estado o no.


2 Hemos elegido inicialmente no traducir la palabra "maximbombo", una palabra de origen portugués que actualmente designa a todo tipo de transporte público en Angola y Mozambique. En Portugal, se utiliza para, irónicamente, denominar "buses viejos", y también a los "coches-cama". Seguimos a otra variante ortográfica del término con el fin de ayudar al lector español castellano reconocer mejor sus propiedades fonéticas. Nuestra opción por no traducir “maximbombo”, está sobre la base de que todas las palabras del castellano para "bus" que se utiliza en la comunidad hispana no tienen la sonoridad africana que tiene esta, que suele ser confundida con palabras bantú en su etimología , a pesar de ser probablemente una corruptela del Inglés "machine pump". Así es que "maximbombo", que tiene la ortografía alternativa "machimbombo," resta en el texto como una "palabra" icono, tanto para representar una materialidad opto-fonética que sería deseable por Mallarmé y hubiera satisfecho el autor, además de ser un signo de la frustración continua que resulta de los esfuerzos de casi toda traducción tomado en serio. De esta manera, "maximbombo" permanece ahí por ahora al resistirse en contra una traducción de hecho, a hacer sonar falsamente como las onomatopéyicas palabras de Nicolás Guillén para reproducir un sonido de tambor en las palabras rituales sin sentido puntual de "¡Mayombe-bombe-mayombe! ".


1 "Maximbombo", também grafado "machimbombo", com o similar brasileiro "maxambomba", foram uma espécie de bonde utilizada em Portugal no final do século XIX e início do século XX, sendo estas palavras usadas para significar, atualmente, automóveis, ônibus e veículos velhos, em geral em Portugal. Também aos vagões-leito, além de algumas outras significações, no caso de "machambomba", relacionados a veículos de tramsporte de carga. A palavra "machimbombo" passou a significar, simplesmente, ônibus ou qualquer tipo de meio de transpote coletivo em Angola e Moçambique. O contexto do poema nos faria supor que o autor se refere a um ônibus ou táxi, podendo este estar em mau estado ou não.

2 Optamos, inicialmente, por não traduzir a palavra "Maximbombo", palavra de origem portuguesa que designa atualmente toda espécie de transporte colectivo em Angola e Moçambique. Em Portugal, ela é usada para, ironicamente, designar "ônibus velhos" e, também aos "vagões-leito". Mantivemos grafia alternativa do termo, a fim de ajudar o leitor de espanhol castelhano a reconhecer mais facilmente suas propriedades fonéticas. Nossa escolha em não traduzí-la, baseia-se em que todas as palavras do castelhano para "ônibus" utilizadas na comunidade hispânica não possuem a sonoridade africana que esta palavra possui, sendo, normalmente, confundidada com palavra de etimologia banto, embora sendo, provavelmente, uma corruptela da inglesa "machine pump". Assim, "maximbombo", que possui a ortografia alternativa "machimbombo", fica no texto como uma "palavra-ícone", tanto para representar uma materialidade opto-fonética que seria desejada por um Mallarmé e agradaria ao autor, como também sendo signo da contínua frustração de quase todo esforço tradutório que se leva a sério. Desta maneira, "maximbombo" fica ali, por enquanto resistindo a uma tradução de fato, a soar falsamente africanas como as onomatopaicos palavras de Nicolás Guillén a reproduzir um som de tambor ritualístico nas palavras sem significação precisa de " ¡ Mayombe-bombe-mayombé ! ".














Comments

Popular posts from this blog

de lambuja, um poema traduzido

Ivy G. Wilson Ayo A. Coly Introduction Callaloo Volume 30, Number 2, Spring 2007 Special Issue: Callaloo and the Cultures and Letters of the Black Diaspora.To employ the term diaspora in black cultural studies now is equal parts imperative and elusive. In the wake of recent forceful critiques of nationalism, the diaspora has increasingly come to be understood as a concept—indeed, almost a discourse formation unto itself—that allows for, if not mandates, modes of analysis that are comparative, transnational, global in their perspective. And Callaloo, as a journal of African Diaspora arts and letters, might justly be understood to have a particular relationship to this mandate. For this special issue, we have tried to assemble pieces where the phrase diaspora can find little refuge as a self-reflexive term—a maneuver that seeks to destabilize the facile prefigurations of the word in our current critical vocabulary, where its invocation has too often become idiomatic. More critically, we

antipoema para a literatura branca brasileira

  por uma literatura de várzea por uma literatura lavada de notas de pé de página por uma literatura sem seguidores por uma literatura não endogâmica por uma literatura infiel à realidade por uma literatura impertinente por uma literatura não poética por uma literatura que não capitule à noção de "obra", acúmulo de feitos por uma literatura que não seja o corolário de oficinas de escrita criativa por uma literatura que não sucumba à chapa de que o menos é mais por uma literatura desobediente ao mercado livreiro-editorial por uma literatura imprudente por uma literatura sem cacoetes, isto é, o oposto do que faz mia couto por uma literatura que não se confunda com o ativismo de facebook por uma literatura que não seja imprescindível por uma literatura sem literatos por uma literatura, como disse uma vez lezama, livre dos tarados protetores das letras por uma literatura sem mediadores de leitura por uma literatura não inspirada em filósofos fr

35 anos depois, poemas

[primeira redação: 1985; duas ou três alterações: 2020]   1 espelho verde não se sabe de onde parte a vontade do vento confins com os quais o vento confina   2 um paraíso entre uma ramagem e outra e uma outra e imagens que não se imaginam por isso um paraíso   3 marcolini amigo este cálix (quieto) este cálix é um breve estribrilho um confim um paraíso uma música uma náusea                                                                                                                   4 a brisa em pleno brilho vai-se sempiterno para o claro exceto que uma claridade sem margens abeira-nos da escuridão mais aguçada                                     5 copo onde a pedra da luz faísca pão solar gomo aberto vinácea e divina ipásia                                                6 quando as palavras se tornam escuras não é porque há algo de inefável nos objetos a que elas se referem há duas razões para que isso ocorra