Gostei da narrativa de Os nove pentes d’África, de Cidinha da Silva, da história, do modo como é contada. Mas sei que gostaria mais ainda se fosse mais curta; se ganhasse a forma de um conto. O conto se abre, ou se cerra, a uma tensão que em muitos casos nem se resolve. Naturalmente, não foi essa a intenção da prosadora. Respeito. Não sou um adepto fundamentalista da síntese e nem da escassez que, em poesia, entram na conta das suas virtudes; mas o conto tem algo que falta ao romance ou à novela, ou aos textos que ficam no meio do caminho. Isto é, o conto põe a descoberto parte apenas do que de fato interessa (o resto é o seu avesso, que é o subentendido, que é a alusão), ou como talvez dissesse Pound caso estivera se pronunciando não a respeito da poesia, mas da prosa, que o conto não perderia tempo com itens obsoletos: ele seria e é essências e medulas. Pelo fato de Os nove pentes d’África, não obstante o que escrevi mais acima, ser econômico, esteticamente comedido no uso da cor (é mais desenho que pintura), não há sobras em sua estrutura, ele se faz de alusões e de elisões, inclusive aquelas tributárias da fala natural, do coloquial; nestes pontos, ponto para a obra de Cidinha da Silva. Se a novela fosse um pouco mais longa poderia enveredar na direção desses problemas típicos da prosa: a eloqüência, a retórica, a piscadela de olhos para o leitor visando a sua hipnose, o seu mero entretenimento, etc. Mas, se Os nove pentes d’África se resolvesse em conto (me desculpe insistir nisso!), do meu ponto de vista, renderia mais. Mesmo assim, gostei. Tenho que lidar com o que texto de fato contém e é, não com o que ele não pode ser.
Ivy G. Wilson Ayo A. Coly Introduction Callaloo Volume 30, Number 2, Spring 2007 Special Issue: Callaloo and the Cultures and Letters of the Black Diaspora.To employ the term diaspora in black cultural studies now is equal parts imperative and elusive. In the wake of recent forceful critiques of nationalism, the diaspora has increasingly come to be understood as a concept—indeed, almost a discourse formation unto itself—that allows for, if not mandates, modes of analysis that are comparative, transnational, global in their perspective. And Callaloo, as a journal of African Diaspora arts and letters, might justly be understood to have a particular relationship to this mandate. For this special issue, we have tried to assemble pieces where the phrase diaspora can find little refuge as a self-reflexive term—a maneuver that seeks to destabilize the facile prefigurations of the word in our current critical vocabulary, where its invocation has too often become idiomatic. More critically, we
Comments